domingo, 25 de novembro de 2007

I can't stop.

Eu não sei. Apenas não sei.

World in world.

Mundo in mundo
Mundoinmundo
Mundo inmundo
Mundo imundo
Mundo. ;
______imundo.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Boliviano

Eu sempre andei em caminhos errados,
mas encontrava uma chegada, sem os atalhos.
Desejava o impossível,
pois achava mais fácil de se realizar.
Eu que errava o certo,
com medo de acertar as coisas erradas.
Fui mau, tô mal.
Assim escrevia poesias sem rimas,
e falava sobre Deus.
Eu sou salgado, e apimentado;
com pingos doces por cima,
Boliviano de padaria.
Tinha preço, e me achava caro,
vendia, e doava, sentimentos.
Não sei o que é mútuo,
Não sou erudito, e leio pensamentos.
Cansei de bolar planos,
e de cobiçar a mulher do próximo.
Eu peco, e peço.
Eu que me descobrir em um espelho,
que tenho medo do fundo.
Eu e a menina dos teus olhos, casal, parceiros.
Sou assim,
vivo em minha paz triste,
cheio de doce, em uma pessoa salgada.
Boliviano de padaria.
Trocava mas por mais,
E não sabia pedir menos.
Eu que sempre fui um egoísta escondido,
que desejava a morte dos inimigos.
Eu que sempre tive poucos amigos.
E a minha língua que só eu entendia,
meus versos, minhas cifras.
Meus erros de português,
minhas falhas humanas;
Salgado por melancolia.


As vezes uma máscara é fundamental para um belo carnaval.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

- Pontos quase vivos.

- Reticências.

Ambos morreram, e morreu também o amor.
A mentira não era só uma verdade não ocorrida. Tudo que escreviam, e inventaram, ia se transformando em fato. Real.
Uma história em papel de ofício, ossos, ossos do ofício.
Guardavam depressão em seu livro de cabeceira. Romeu e Julieta. Não só iniciais. Robson e Juliana.
Em partes, pontos, diferentes. A única certeza, era que ele continuaria no quarto de Juliana, que já estava com valor, levando remédios, e lembrando, sem cortes, memórias de sua infância.
Em pontos. Pontos diferentes, da mesma cidade.
Os espíritas, acreditavam em próxima vida.
Talvez, e nunca.
Se referiam aos corpos sem alma.



- Ponto paragráfo.

Papel de trouxa. Papel de ofício.
Robson se matou.
Seu coração estava em transição, sem rimas. Grosso, como os medievais. Egoísta, como um capitalista. Não foi em avião. Nem em uma pista molhada. Sem marcas. Sua pulseira eram reais. Amor sem correspodência.
Escreveu uma carta. Tomou coragem. Talvez , a morte era a única certeza. Certeza incerta.


Sempre te amei.
E quando eu falo sempre, me refiro aquele dia em que você vestia saia nos peitos.
Vestido longo.
Longo e longe de mim.
Talvez meu beijo tenha gosto de nada.
Nada, Isso que sou.
Só damos valor, quando perdemos.
Hoje eu terei valor.
A morte é a única certeza.
Beijos, minha linda. Minha.


A carta chegou na casa dela estrapolando os erros de português, depois dele ter valor. Agora a única certeza era o talvez.
Com seu dom de reformar, e criticar, os sentimentos não mútuos.
Juliana reformava a carta de seu amado, antes de pegar seu carro e sair em pista. pista. sem pistas.


Nunca te amei.
E quando eu falo nunca, me refiro aquele dia em que você apareceu em minha vida.
Respeitos! No meo peito, perto.
Perto e grudando em mim.
Talvez seu beijo tenha gosto de açúcar.
E doce enjoa. Você é doce.
Nunca te darei valor.
É essa a única certeza.
Beijos, meu doce. Meu.


A carta, em papel de ofício, foi encontrada, com um filete de sangue.
A única coisa, de cor, corpo, e cheiro, na carta.
Agora Juliana não era mais ela.
Nem seu amado, que não respondeu seu bilhete. Sétimo. Oitavo era o número de andar. Andou.
Robson estendido ao chão, carregava em sua mão suada, como as gotas da pista. Uma lembrança impressa.
Juliana, não soubera que Robson tinha valor.
Duas multidões faziam círculos em dois pontos da cidade.
Robson morreu. Se matou.
Sem flashs.
Sem barulho. Um vacúo em seu peito, sentia o chão frio.
Era certeza incerta.
Rezou para os espíritas estarem errado.



- Ponto final.

Juliana Morreu.
Ela não sabia que a morte vinha dirigindo um carro.
Pista molhada, molhada como suas mãos, vítimas do nervosismo.
Juliana saboreou a morte, sem ao menos conhecer a perda.
Gosto de Leite! se sentiu criança. Pois era.
Gorfou suas lembranças, em flashs, pequenos. Um jogo de luz memorial, como os filmes que iria assitir.
Retrospectivamente, Mente à mente, retrô.
Papel de ofício à tinta vermelha. Papel de trouxa.
Seus olhos miúdos de peixe. Assim como fingia, quando criança, que estava dormindo. Abriu, abriu-os.
Nunca te amei, lê ela em seus últimos minutos.
Poderia está lendo seus pensamentos. Julieta e Romeu, mas sua história era muito mais triste, fim feliz e surpreendente.
Álcool, não gasolina. Juliana, sem conhaque.
Juliana morreu. ali.Com cinto, sinto muito, sinto de segurança.
Sua cabeça não foi parar no banco do fundo. Não. Sua mente que havia caído.
E os flashs? E os progamas que assitia em noites de natal? Ali estava Juliana. E sua cabeça firme. Erétil. Nem tanto.
Mas Juliana não morreu. Ela não era mais sua memórias. E só. Nem tão pouco Juliana. Ela havia morrido, Juliana.
Um filete vermelho cortava a pista, as pistas, e as entrelinhas.
Amnésia, com acento agudo.
Acordará de sua ressaca no quarto de Juliana.
Olhos negros, mostravam o luto.
Ela havia morrido.
Velório em quarto estranho.
Leu. Letras deprimentes, em um papel, cheio de pontos.
Com seu dom de reformar, criou um sentimento mútuo.
Penúltima linha.

- Vida D.C


- Obrigado, por me ensinar, sentimentos sem nome.
Presciso escreveu de você, você me escreveu.
E tudo que você escreveu, ia se tornando, lentamente, em mim.

-

sábado, 11 de agosto de 2007

. Eu chuva.


Em céu.
Como as nuvens;
Fico pesado, cheio de ódio e rancor, todos começam a conhecer meu lado negro. Não sou mas uma nuvem fofinha com cara de algodão.
Daí eu estouro, e saem raios e trovões de minha boca, como um dragão dos desenhos de mangá.
Estrondos e barulhos que te passam medo!
uma edificação de vapor forma-se, as primeiras lágrimas d'agua começam se espagir.
As gotas da chuva lavam e lavram minha alma.
Daí fico calma e me fortaleço. Vejo os primeiros raios de sol brilhar na colina dos meus olhos.


Em solo.
Para o sertão; mas um conto épico.
Para o litoral; mas um dia sem praia.


Em mim.
Mas uma prosa estropiada.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Revoluções internas # 2.1

. Uma resposta a Rick Van Pelt
Outro ângulo)


(por Rick)


Resposta:

Revoluções internas, externas; Um peido atrapalhava o silêncio do Éden, as fumaças do cigarro de Adão tampavam a visão de Deus.

sábado, 21 de julho de 2007

- Antojo


Me lembro desde criança. Eu queria os olhos de Syd Barret para ver as fadas de Elsie Wright e Frances. Eu sempre chorava pelo os cantos quando não conseguia algo. Um dia eu fiquei no jardim procurando as tais fadas que a mentirosa da Frances disse que viu. Foi quando me deparei com umas bitucas de cigarro, que minha mãe jogava lá.
Tinha um cheiro agradável. Curiosidade é sinônimo da evolução, mas às vezes se torna antônimo de prudência. Pensei em colocar na boca. Mas ninguem é totalmente inocente, eu sabia que vivemos em uma sociedade 'Faça o que eu digo, não faça o que eu faço'. As marcas de batom nas pontas, me lembrou a surra que eu levaria, se minha mãe me pega mechendo naquilo.
Talvez as fadas, seriam apenas contos de Lobato ou quadros de Sophie Anderson. Onde eles fazem as coisas perfeitas, afinal são deles, eles fazem como bem entender, asas coloridas em simetria perfeita!
E talvez as fadas em meu jardim sejam as bitucas de cigarro, que minha mãe joga lá. As fadas cheiram a tabaco, como doces, todos temos vontade de provar. Mas as fadas fazem tanta fumaças, fumaças negras na cabeça do duende em meu jardim, que por medo eu não conheci as fadas de Wright. E ando chorando pelo os cantos.

Duas Rapi(a)dinhas.

-

Senhor Merda.


As vezes eu queria ser curto e grosso.
Até que um dia eu consegui:
Virei uma bosta.


-



A fome


O verbo se fez carne,
e os homens comeram!
Frito em oléo de soja.

-

. Se não se importa


Pouco te importa minha história; pra que você veio ler minha biografia? Pouco te importa a cicatriz em minha testa, e toda éstoria atrás dela. Pouco te importa a origem de meu nome. Se é que 'cê' sabe o meu nome. Pouco te importa o numero de meu rg; eu nem tenho identidade; Pouco te importa a história de meus pais, ou do meu país.
Nem se importa com minha honra, e se tenho algo a zelar; pouco te importa minha ira, ou minha vaidade obsessiva.
Qual a cor de meus olhos? Nem se importa em ver.
Pouco te importa meus versos, meus medos. Pouco te importa meu cabelo; ou o xampu, que eu uso. Pouco te importa minhas caspas, ou a ultima vez que fiz minha barba; Pouco te importa meu ultimo dente de leite, e quanto a fada me pagou por ele.Foi em dólar?
Pouco te importa meu desjejum, ou a droga que me faz feliz. Pouco te importa minhas notas, ou meus dotes culinários.Nada importa, nem sabe o que eu falei no confessionário. Nem se importa se rimo sorte com morte. Pouco te importa o choro de uma criança.
E eu pouco me importo com seus receios. Só sabe os meus defeitos. Faz drama em sinfonia. Se não se importa, vá pra bem longe, que o diabo te carregue!

sábado, 14 de julho de 2007

- Sindrome do Cavaleiro Andante (parte III)


(Prólogo ou final?)

Ele estava tão magro, que seu joelho cortava sua calça de seda preta.
O Cavaleiro de aparências sombrias, me passava agora uma imagem de 'bom velhinho', Ele não estava com o seu cavalo, e suas armaduras deram espaço a uma roupa bem leve.
Se levantou do sofá, e me disse:
- Por que você acha que me chamam de Cavaleiro Andante?
Achei melhor não responder, o silêncio é a melhor resposta em certas ocasiões.
- Por que você resolveu 'contar pra os que não andam sobre mim'? Você acha que é quem? Você tem poder? Eu era um segredo seu. Agora todos já sabem...
- Mas...
- Nem mas, nem mais! O pensamento se quebrou!
-Pensamento?!
-Sua imaginação! Eu faço parte dela...
Ele partiu, com o seu cavalo que eu não vi de onde chegou, era um cavalo parecido o de pica-pau, fez lembra minha infância, acho que foi a última vez que eu o veria, mas não dei tchau. Nem uma instrução ele me deu, então eu mesmo concluir que...
'4ª instrução - Um Cavaleiro Andante nunca conta seus sonhos para aqueles que não andam, eles são porcos, vão rir de sua cara, e vc deixara de sonhar...'


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Parte II ( http://arquivo--morto.blogspot.com/2007/06/sndrome-do-cavaleiro-andante-parte-ii.html )

quarta-feira, 11 de julho de 2007

- Louvado seja Deus*

Chegou com a tal pilúla para minha dor de cabeça.
Peguei o 'remédio' e tomei com uma água que sua irmã me trouxe em um copo de extrato de tomate.
Durante alguns segundos senti gosto de ideologia no céu da boca. Era um dia chuvoso, os pingos que caiam dos 'U' do telhado soavam uma poesia sem rima desdentada!
Me atirei na calçada, os pingos que molhavam minha calça me dava o mesmo prazer que sexo matinal no outono. A enxaqueca não passou, mais o que causou eu ja havia esquecido...
Uma náusea de néctar tomava meus olhos. Eu estava nebulizadamente igual... as gostad de sol começaram a transformar os raios d'água (em meu corpo) em propaganda de 'tevê', grande merchandesing.
- Tem contra-indicações?
- Não li a bula!


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*O Título
Original seria 'Analgéscio', mas Rafael me deu a sugestão de 'Deus seja
louvado', foi o que eu entendi, mas seria 'Louvado seja Deus' e corrigi. Ou seria 'Deus me perdoe'??!